1 de junho de 2009

Um país de doutores?

Uma rápida análise às listas de candidatos dos principais partidos ao Parlamento Europeu pode induzir em erro: o erro de que somos nós um país de doutores!!!

Não causará estranheza tal ocorrência nos partidos da direita (PS com ou sem D e CDS/PP). Mas causa verdadeira perplexidade nos partidos que se encontram mais a esquerda do espectro político: BE e PCP!


o PCP/CDU avança com uma economista, um biólogo, uma professora, um advogado e um psicólogo. Cabe não esquecer que o PCP teve ( e tem) como primeiro e mais recente secretário-gerais, 2 operários: Bento Gonçalves e Jerónimo de Sousa. Mas desta vez...

Não está em causa a evidência de que a formação académica dos futuros euro-deputados lhes será útil no desempenho das suas futuras funções; mas não será a formação académica, antes a CONSCIÊNCIA DE CLASSE, a determinar as políticas mais necessárias para o povo e os trabalhadores portugueses!

Duvidam? Pois pensem nas grandes "cabeças" que nos têm conduzido à ruína: Salazar, Cavaco Silva ou Vítor Constâncio - para não dizer mais...

E é pena que nenhum blue-collar worker português venha a sentar o rabinho no próximo Parlamento Europeu. Este "doutor" que vos escreve sentir-se-ia mais confortado...

1 comentário:

Susete Evaristo disse...

Olá meus amigos.
Não tenham dúvidas de que se as bases do PCP os tivesse indigitado tinha, operários, camponeses, funcionários públicos, empregados de comercio e outros trabalhadores com conhecimentos suficientes para no parlamento europeu, defenderem as nossas causas (veja-se toda a lista apresentada)porém e como vocês muto bem sabem (ou se não sabem ficam a saber)no PCP somos todos iguais se uns estudaram e se licenciaram, não é por isso que são eleitos, nem é por isso que são mais importantes e o exemplo está exactamente no nosso secretário geral, operário metalurgico, que sem ser dr ou engº tem de facto conhecimentos, cultura, educação e sentido de justiça de fazer inveja a muitos intelectuais.